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O uso excessivo de palavras em Inglês no dia a dia do trabalho

  • Foto do escritor: Mayra Fragiacomo
    Mayra Fragiacomo
  • 2 de jun. de 2022
  • 2 min de leitura


Um verdadeiro fenômeno na comunicação de muitos profissionais vem sendo percebido por mim e muitos outros headhunters e executivos do mercado já há algum tempo: o uso em demasia de expressões em inglês para falar de situações e acontecimentos cotidianos.

Não tenho nada contra quem utiliza termos em inglês que são mais diretos para explicar determinadas coisas, muito pelo contrário, eu mesma lanço mão deles em muitas ocasiões. O que me incomoda, de certa forma, é quando uma única frase é tão ou mais construída com palavras em inglês do que em português. Isso porque, confesso, sou uma amante da língua portuguesa e acredito que temos um repertório tão rico em nosso idioma que é um grande erro desperdiçá-lo.

Em entrevistas, reuniões e textos em redes sociais profissionais, tenho visto dos mais clássicos – feedback, follow up, networking, update – aos mais substituíveis – mindset, totally honest, low profile, punch, approach, ownership, gap, meeting, target, default, kick off, open to work, to do, board, deadline, micromanagement... a lista é longa e a cada dia eu entro em contato com um novo termo.

Sempre que eu ouço uma nova expressão em inglês virar moda, o que passa pela minha cabeça de imediato é: mas será que isso não poderia ter sido dito em português? E se essa pessoa estiver se comunicando com alguém que não sabe falar o idioma?

O Brasil é um país que não oferece uma educação bilíngue para a sua população. Fala inglês hoje quem tira do próprio bolso o investimento para um curso/professor particular ou tem a sorte de ser financiado pelos pais quando é criança ou adolescente. Evidente que o mercado de trabalho, especialmente as multinacionais, fazem exigências de inglês avançado a fluente para muitas de suas posições. E, por isso mesmo, a necessidade de estudar o idioma se faz presente na vida de muitos profissionais que querem alavancar as suas carreiras ou atuarem em grandes conglomerados de outros países. Eu mesma acredito com veemência que aprender novos idiomas é incrível, pois permite que a gente ultrapasse muitos limites e conquiste evoluções de carreira por meio de nossa comunicação.

Ainda assim, a nossa língua oficial não é o inglês e, muitas vezes, temos dificuldades até mesmo de nos comunicarmos em português, seja verbalmente ou por escrito, quem dirá usando outro idioma. Não tenho nenhuma finalidade de demonizar o uso de estrangeirismos, pois creio que é natural e até saudável nos apropriarmos de outras línguas e culturas.O meu convite aqui é mais reflexivo, sobre nossas posturas e atitudes: que cuidemos dos exageros, que possamos valorizar e até aprender mais sobre a nossa língua mãe, que foquemos no estudo do inglês para a nossa evolução profissional, que nos preocupemos com as pessoas de nosso grupo de trabalho que não sabem o idioma e que tenhamos bom senso para não extrapolar essa necessidade corporativa de rechear o papo com termos em inglês em conversas informais e pessoais.

Best Regards!


Por Mayra Fragiacomo










 
 
 

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